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Tipologias
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Principais Tipologias de A a Z

ARMAZÉNS

Um espaço de armazenamento é sobretudo um espaço de natureza logística. Embora incluído no sector industrial e constitua uma indústria do tipo 1, este tipo de edifício possui uma natureza específica. Neste aspecto estes edifícios possuem a necessidade de construção a baixo custo, mas também outras prioridades das quais podemos destacar: armazenar produtos em condições de temperatura e humidade específicas, aumentar a quantidade de produto armazenado por metro quadrado e aceder e manipular rapidamente cada um dos produtos acumulados.

Orgulha-nos o facto de já termos desenhado Armazéns.

1997 – Instalação de Armazém Industrial em Abóbada – Cascais.

BAR ou CAFÉ

Um café ou bar é fundamentalmente definido pela sua clientela e contexto envolvente. Como tal, o primeiro passo a dar é precisamente a relação entre o local a implantar e o tipo de clientes que se pretende satisfazer. Identificando estes dois aspectos, defina o conceito que fará com que o público escolha o seu estabelecimento. Estude também os horários mais interessantes pois eles darão pistas sobre os eventos a colocar no espaço para alavancar o arranque. O Arquitecto Fernando Lapa e informa-o sobre os custos de construção e as estratégias de decoração possíveis. Faça simulações realistas de receitas e custos e decida assim com opções bem fundamentadas.

Orgulha-nos o facto de já termos desenhado Bares e Cafés.

1993 – Projecto de remodelação de Café – Pastelaria na Venda Nova – Amadora.

1996 – Projecto de instalação de Café Multimédia no Espaço Loja no edifício das Amoreiras

CONFEIRARIA ou SALÃO DE CHÁ

Uma confeitaria é por definição um espaço de confecção de alimentos. Como tal, tenha em conta que o público será sempre extremamente exigente aos detalhes e com conhecimento do sector. Como tal, organize um bom menu de produtos e concentre-se em produzi-los eficazmente e a preço competitivo. Diversifique a oferta de produtos e crie a possibilidade de encomendas por Internet e telefone. Relacione o conceito dos produtos com o espaço e com a marca do estabelecimento.

Um salão de chá é acima de tudo um espaço de convívio e degustação. Aposte na excelência no espaço.

DISCOTECA

Um espaço de diversão nocturna é sempre um investimento com algum risco. É um investimento que é sempre afectado por alguma sazonalidade e como tal alguma flexibilidade em termos comerciais e de gestão é fundamental. Assim o espaço deve ser pensado para ser utilizado por diferentes públicos em diferentes épocas do ano e em diferentes dias da semana. É conveniente analisar em rigor os vários tipos de clientes e a forma como chegar até eles. O Arquitecto Fernando Lapa e informa-o sobre o modo de gerar um espaço absolutamente único.

Orgulha-nos o facto de já termos desenhado um Projecto para Discoteca.

2001 - Projecto de Restaurante panorâmico / Discoteca na Zona Sul Expo – Sacavém.

ESCRITÓRIOS

Os espaços de serviços abrangem um vasto leque de actividades do sector terciário. As actividades de escritório são abrangidas não só pela legislação geral de urbanização e edificação mas também e em particular pelo enquadramento legal relativo à legislação do trabalho e à higiene e saúde no trabalho. É importante acrescentar que os espaços de escritório são absolutamente indispensáveis para o aumento de produtividade, a promoção do espírito de grupo, a redução do absentismo no trabalho, a promoção de hábitos de vida saudáveis, a melhoria da qualidade de vida, a defesa do papel social da empresa e por fim a demonstração da responsabilidade ambiental da empresa.

O arquitecto é um projectista fundamental no momento em que é necessário desenhar um escritório. Para além do conhecimento da lei geral o arquitecto permite poupar custos na medida em que escolhe materiais e soluções de baixa manutenção e de baixo preço por m2. Ao mesmo tempo concebe soluções que do ponto de vista dos custos de funcionamento significa uma baixa despesa na climatização e no estabelecimento de um edifício termicamente eficiente e amigo do ambiente. É também o arquitecto o profissional responsável pela optimização de percursos e de desempenho em ambiente de qualidade estética e conforto.

Os espaços do chamado sector dos serviços ou terciário estão longe de ser homogéneos. Falamos de espaços que têm no fundo características muito distintas. Por um lado porque este sector abarca os ramos de consultadoria do sector financeiro e da banca, os ramos administrativos das empresas privadas e públicas, a programação informática, os consultórios de juristas, centros de formação e outros. Nestes espaços identificamos algumas características próprias.

Sedes

Uma sede de empresa é um espaço de escritórios que possui uma simbologia que ultrapassa a função de escritórios. A imagem que a empresa pretende transmitir aos seus clientes e a cultura de produtividade que pretende imprimir aos seus funcionários fica imediatamente patente no edifício que alberga a entidade empresarial ou instituição. A simbologia dos materiais, das formas e das soluções encontradas ganha uma importância que vai para além da função que desempenham.

Espaços de reunião

Os espaços de reunião são concebidos com uma intenção clara: garantir um ambiente onde a privacidade, a funcionalidade, a transparência, o conforto e a eficiência permitem aos utilizadores comunicarem as suas informações e acederem facilmente aos conteúdos dos interlocutores. Esta função deverá ser aplicada caso a caso e de acordo com as especificidades técnicas e simbólicas de cada cliente.

Espaços de atendimento

Os espaços de atendimento ao público podem ser locais como é o caso do atendimento ao balcão ou virtuais como é o caso dos chamados call centers em que o atendimento é feito preferencialmente por telefone ou Internet. Estes espaços têm uma função garantir que o cliente recebe o suporte com rapidez e eficácia e se encontra satisfeito. O baixo custo de operação é também fundamental nestes espaços.

Espaços administrativos

Um espaço administrativo permite aos funcionários executar as funções confiadas de modo confortável e eficiente. Deverá salvaguardar a saúde dos funcionários impedindo que o sedentarismo gere problemas de absentismo que prejudicarão gravemente o funcionamento do serviço. É fundamental que os espaços sejam flexíveis o suficiente para incentivar a própria flexibilidade da instituição.

Espaços de trabalho

Os espaços de trabalho assumem já outro tipo de funcionamento em que a tarefa a desempenhar pelo funcionário ou colaborador se torna mais específica. Encontramos casos deste género na actividade financeira, onde a comunicação em tempo real com outros funcionários e vários monitores aumenta o risco de stress psicológico e motor. A actividade de programação informática requer também o funcionamento em equipas de vários colaboradores e monitores conjuntos e uma estreita relação com espaços de lazer que impeçam os efeitos nefastos do excesso de trabalho e motivem os trabalhadores ao máximo.

Espaços de formação

Um centro de formação é um espaço polivalente constituído por várias funções que se interligam entre si. Aqui ganha especial destaque a relação com os espaços de conferência ou auditório, uma vez que aqui temos uma situação mista entre sala de aula, sala de trabalho e reunião. A polivalência é também um requisito fundamental nestes espaços.

Desenhar um novo escritório, serviço administrativo, suporte ao cliente ou call center num espaço existente ou num edifício novo é uma tarefa que requer extremo cuidado no planeamento uma vez que os orçamentos são normalmente limitados e os prazos de execução de extrema curta duração. É fundamental analisar as tarefas de cada funcionário e uma estimativa dos cenários futuros possíveis de modo a programar a própria flexibilidade do espaço. Todos estes cenários devem fazer parte do programa base a entregar ao arquitecto que incluirá no mesmo todas as condicionantes do edifício existente caso este exista e do terreno onde edificar o novo escritório caso seja esse o caso. Esta informação é vital para corrigir o plano de negócios ou os prazos se necessário. As fases de projecto e execução que se seguem decorreram normalmente segundo o previsto desde que cumpridas as premissas dos programas base e a operação redundará assim um sucesso.

Renovar um espaço de escritórios pode resultar de um vasto número de razões. Seja para incorporar as deliberações da legislação de higiene e saúde no trabalho, para aumentar a produtividade, pelo estado de degradação resultante do tempo ou simplesmente fruto de uma reestruturação da empresa. Perante qualquer um destes cenários é fundamental elaborar um programa base discriminando todas as deficiências da instalação existente e os objectivos a incluir no projecto de remodelação. É fundamental ter uma definição do orçamento disponível bem como o prazo ideal para a transformação. É também importante reunir com todos os funcionários afectados e partilhar ideias de modo a fazer da remodelação do escritório um sucesso.

Os espaços de serviços incluem todos os imóveis cuja utilização é efectuada através de actividades de escritório ou de carácter semelhante. Para além da Regulamentação Geral das Edificações Urbanas estamos condicionados por toda a legislação referente a espaços de trabalho e em particular às regras de higiene e segurança no trabalho. O espaço de trabalho é também uma oportunidade para aumentar a produtividade e nesse sentido, orgulha-nos o facto de já termos desenhado escritórios para algumas das maiores empresas em Portugal.

Remodelação das Instalações do edifício da Av. Eng.º Duarte Pacheco nº 5 para a RDP

1993 – Projecto de Execução da Remodelação do Edifício da Av. Eng.º Duarte Pacheco nº6 (antigo edifício Philips) para a RDP

1995 - Projecto de alterações na zona de escritórios da Auto Europa e Assistência Técnica à Obra. – Obra executada.

2000 – Projecto de Assessoria de Qualidade de Projecto, Projecto Acústico para a ampliação da Sede do Centro Regional de Segurança Social do Funchal (Construído).

2003/2005 – Coordenação e Projecto do Media Parque RTP – 8.554m2

2008 – Desenvolvimento de Projecto de edifício de escritórios e comércio na Província de Henan – China em Zhengzhou com 56.500m2 acima do solo em 24 pavimentos.

FÁBRICA

O desenvolvimento de uma indústria implica sempre um licenciamento complexo em varias entidades. Antecipar os procedimentos em cada uma delas permitirá ganhar tempo futuro, uma vez que estas entidades que darão parecer não comunicam entre si e as alterações de cada uma delas impedem o licenciamento final nas outras. Como tal, reuniões prévias em cada uma delas com o gabinete de engenharia e arquitectura são fundamentais na medida em que produziram um projecto compatibilizado já com as necessidades de cada aprovação.

Orgulha-nos o facto de já termos desenhado um Projecto para uma Fábrica.

1999 - Projecto de Instalação da Fábrica de Fumeiros Serrano em Almeida.

COMÉRCIO

A actividade comercial e o comércio a retalho em particular são programas exigentes e implicam um conhecimento rigoroso quer do enquadramento legal envolvido, quer de questões funcionais específicas de cada empresa, e por fim uma criteriosa compatibilização destes aspectos com uma boa estratégia comercial. A legislação actual com o programa licenciamento zero introduziu algumas vantagens na rapidez de instalação em casos particulares. Contudo o cumprimento integral da legislação é um factor chave para o sucesso.

O papel dos arquitectos no desenvolvimento de um estabelecimento comercial assenta sobretudo no conhecimento que possuem sobre os instrumentos a utilizar de modo a aumentar a taxa de conversão e satisfação dos consumidores. Este conceito fundamental acaba por ser válido para qualquer tipo de estabelecimento independentemente do segmento, dimensão ou sector onde operamos.

Um estabelecimento comercial deve ser organizado de modo a facilitar ao máximo a vida ao cliente, aos fornecedores, aos empregados e à facturação. Isto é, o espaço deverá ser desenhado de modo a permitir a maior entrada de clientes possível em perfeito conforto, a tornar os produtos o mais bem organizados e expostos possível e por fim a tornar cómoda e eficaz a finalização da compra rapidamente.

Um arquitecto sabe efectivamente tornar uma montra e entrada convidativa, tem instrumentos para direccionar os consumidores no interior do espaço e sabe optimizar fluxos de tráfego em zonas constrangidas. Ao mesmo tempo, um profissional de arquitectura conhece os processos e as medidas a tomar para tornar o acesso de fornecedores eficaz de modo a fazer chegar o produto às prateleiras com as melhores condições e com o mínimo de esforço e reduzido número de funcionários.

É sobejamente conhecida a importância da organização de um loja, dos ambientes criados e acções sugeridas no sentido de potenciar o seu desempenho e tornar-se cativante para os seus clientes. O nosso papel enquanto arquitectos é precisamente o de desenvolver estes conceitos e aplicá-los em contexto de um orçamento rigoroso e segundo uma legislação exigente. É importante referir que a aquisição de um alvará de utilização para comércio é um processo imprescindível para a actividade comercial e que obriga sempre à existência um pedido de licenciamento. Neste capítulo a legislação de acessibilidade e a legislação de trabalho assumem particular importância com os pareceres necessários quer da protecção civil quer da delegação de saúde. Caso o alvará de utilização comercial já exista o processo será mais rápido mas a aplicação das medidas previstas em lei continua a ser uma condição para o funcionamento do espaço comercial.

Um estabelecimento comercial pode ser criado de diversas formas. A mais simples consiste em adquirir um espaço com alvará de utilização já existente e renovar o imóvel de acordo com as novas necessidades e objectivos. Outro processo, ligeiramente mais demorado consiste em adquirir um imóvel ou propriedade, desenvolver um processo de licenciamento de um projecto de acordo com as necessidades do estabelecimento comercial, e construí-lo.

Pese embora as estratégias de âmbito geral, os estabelecimentos comerciais possuem características distintas e particularidades diferentes consoante o sector, a dimensão e o segmento.

  • A marca – A existência ou não de uma marca própria marca indelevelmente as características de um espaço comercial.
  • Loja multimarca – Trata-se de uma loja ou distribuidor que apresenta várias marcas e vende assim produtos de cada uma delas.
  • Loja de marca própria – Trata-se de uma loja que promove e vende unicamente os produtos de uma determinada marca. Não significa que pertença à casa detentora dessa marca. A loja pode ser apenas um franchising.

Diferentes sectores possuem especificidades particulares sobretudo de natureza funcional. Adequar esses procedimentos a cada caso é precisamente o papel do arquitecto.

  • Loja de artesanato e produtos regionais. É um sector que tem evoluído bastante na medida em que se torna relativamente acessível a diferenciação através da comercialização de produtos artesanais de uma dada região ou produzidos por determinados artistas.
  • Produtos alimentares – Estas lojas incluem supermercados, minimercados, mercearias, frutarias, lojas de legumes, talhos, peixarias, charcutarias, lojas gourmet, provas de vinho, e outras especializadas em alimentação. A pesada legislação alimentar condiciona em muito a sua actividade.
  • Perfumarias – Estas lojas sofreram ultimamente uma enorme evolução e mas continuam a ser altamente rentáveis.
  • Drogarias – Estes espaços eram até à pouco lojas de pequena dimensão. Entraram entretanto no sector lojas de maior dimensão que mostraram que estes produtos continuam a ser procurados se convenientemente distribuídos.
  • Parafarmácias – As parafarmácias foram recentemente organizadas no foro legal e permitiram comercializar uma vasta gama de produtos que antes só estavam distribuídos por farmácias.
  • Lojas de roupa pronto-a-vestir – Nos últimos tempos temos verificado que aparecem constantemente nichos de mercado que apresentam rentabilidades elevadas apesar da competitividade do sector.
  • Sapatarias – As necessidades funcionais são bastante mais reduzidas se comparadas com as lojas de roupa. Recentemente algumas inovações importantes na forma de armazenar e apresentar o produto alteraram a filosofia destes espaços.
  • Lavandarias, tinturarias e casas de costura – Estes espaços têm evoluído ao longo dos tempos fruto da menor procura na manutenção e reparação do vestuário ou produtos têxteis.
  • Loja de electrodomésticos ou de reparação de produtos eléctricos – Este sector tem evoluído de acordo com a escala dos produtos vendidos. Alguma dimensão tem sido necessária de modo a tornar rentável a distribuição e reparação.
  • Papelarias – Estes espaços sofreram nos últimos anos forte concorrência das lojas dedicadas a material de escritório. O sector da educação continua a ser fundamental para este negócio.
  • Livrarias – Novos conceitos de livraria têm tido algum sucesso como resultado da associação da mesma com outros sectores de negócio dentro do sector da cultura ou mesmo fora deste, permitindo a atracção de novos públicos.
  • Relojoarias e ourivesarias – São espaços altamente condicionados por questões de segurança e cuja rentabilidade está também muito associada à localização.
  • Estabelecimentos de materiais de construção, ferragens e ferramentas – Até à pouco orientados a profissionais do sector, estes espaços sofreram ultimamente uma forte concorrência dos espaços de bricolage e do faça-você-mesmo.
  • Mobiliário e decoração – As lojas de mobiliário e decoração pertencem a um sector altamente segmentado e competitivo. A diferenciação é um factor de sucesso.
  • Barbearias, cabeleireiros e esteticistas – O sector tem evoluído bastante com o aparecimento de franchisados e de nichos especializados como é o caso da depilação a laser.
  • Stands de venda de automóveis – A exposição e venda de viaturas possuam requisitos particulares de localização e funcionalidade para garantir o sucesso do negócio.
  • Estabelecimentos de comércio de animais ou de produtos e alimentos para animais – O sector dos animais de estimação têm sofrido um constante crescimento. Espaços comerciais inovadores têm aparecido neste sector.
  • Tabacarias, quiosques e lojas de conveniência – Nos tempos recentes estes espaços sofreram algumas alterações importantes dada a importância da conjugação deste sector com outros negócios e com a particularidade da publicidade.
  • Floristas – A localização destes espaços comerciais é a chave do sucesso deste tipo de negócio.
  • Galerias de arte e lojas de antiguidades – Um espaço onde a área e a segurança são fundamentais. O sector possui ainda muitas oportunidades para evoluir.

A área disponível numa loja condiciona enormemente o funcionamento da mesma assim como a gestão e o público-alvo de consumidores.

Grande superfície comercial

De acordo com Decreto-Lei n.º 258/92, de 20 de Novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 83/95, de 26 de Abril considera-se uma grande superfície comercial os estabelecimentos de comércio a retalho ou por grosso que possuam uma área de venda contínua superior a 1.000 m2, nos concelhos com menos de 30.000 habitantes, ou superior a 2.000 m2 nos concelhos com 30.000 ou mais habitantes, ou o conjunto de estabelecimentos de comércio a retalho ou por grosso que, não dispondo daquela área contínua, integrem no mesmo espaço uma área de venda superior a 2.000 m2 nos concelhos com menos de 30.000 habitantes, ou superior a 3.000 m2 nos concelhos com 30.000 ou mais habitantes.

Superfície comercial média

Entre 100m3 e 1.000m2 as necessidades de funcionários e legais são completamente distintas. Do mesmo modo a escala e o volume de vendas são de âmbito médio, assim como a quantidade de capital a investir para fazer arrancar o negócio. Aqui estamos em presença normalmente de lojas multimarca e com mais que um sector envolvido. Contudo, nos casos de menor área trata-se já de algumas lojas de uma única marca com ainda que com produtos vários. Em todo caso, as necessidades funcionais e legais já são de uma exigência assinalável.

Pequena superfície comercial ou pequeno comércio

Neste caso estamos em presença de espaços cuja dimensão é reduzida e que ronda sempre áreas inferiores a 100m2. Trata-se de lojas multimarca mas também da maioria das lojas de marca. A sua reduzida dimensão exige também um criterioso desenho de modo a potenciar ao máximo as vendas. A exiguidade também permite um contexto legal menos exigente. Ao mesmo tempo a escala pequena coloca maior dificuldade na gestão, sendo muito comum estarem incluídas em organizações mais geais ou do tipo franchisado.

Um bom estudo do mercado deve preceder qualquer investimento. Estes dados permitirão ao investidor e ao arquitecto desenvolver uma loja de acordo com o tipo de clientes pretendido.

Segmento Alto – É considerado geralmente como o espaço de venda de produtos escolhidos na sua maioria pela classe social que apresenta maiores rendimentos. Este grupo de consumidores, denominado por classe A, possui rendimentos que variam de país para país, mas que na generalidade consomem produtos já considerados de luxo ou de valor mais elevados. Uma loja orientada para este segmento obedece a cuidados muito especiais, à semelhança dos produtos que apresenta e vende.

Segmento Médio – Consiste no fundo no grupo de consumidores denominado classe média e que na generalidade dos casos diz respeito à esmagadora maioria de consumidores. Trata-se de um grupo que apenas muito pontualmente adquire produtos de luxo e cuja relação preço e qualidade é fundamental na decisão de compra. Uma loja orientada para este segmento deverá possuir a mesma lógica de funcionamento, apostando na máxima funcionalidade e na maior rapidez e eficiência de funcionamento.

Segmento Baixo – Consiste no grupo de consumidores com menor rendimento e menor poder de compra. Uma loja orientada para este segmento, dificilmente poderá ser reposicionada num segmento diferente. Contudo, este segmento não poderá ser considerado desprezível dado o volume de negócios que movimenta e dado o facto de alguns consumidores de segmento médio frequentarem e consumirem também nestes espaços. Na realidade, grandes marcas internacionais elevaram recentemente o patamar de qualidade dos produtos e lojas deste segmento a patamares até então nunca vistos, mostrando o potencial deste espaço de negócio.

Orgulha-nos o facto de já termos desenhado alguns Projectos para Comércio.

1994 – Agosto Projecto de Concepção / Construção da Loja 008 – KONICA no Shopping CENTER Cidade Porto – Praça do Bom Sucesso – Porto, e Assistência Técnica à Obra (Construído).

1997 – Projecto de remodelação dos Supermercados Ocidente – Queluz, (Construído).

INDÚSTRIA

A indústria tem determinadas especificidades que não encontramos tão frequentemente noutros programas funcionais. Deste modo, a questão do respeito pela legislação ambiental, as exigências de funcionamento relativas a cada empresa, a importância da legislação do trabalho, o controlo de custos de investimento, a importância da segurança de pessoas e bens, os prazos apertados para construção, a constante necessidade em obter flexibilidade nas soluções são tudo condições que se impõem nos projectos de modo muito mais exigente do que em qualquer outro programa. A síntese de todos estes aspectos é todavia um projecto profundamente motivador para este gabinete.

A nossa intervenção é fundamental para o sucesso da indústria. A eficiente compatibilização de projectos e a imediata comunicação entre a actividade do arquitecto e a actividade do engenheiro é fundamental.

O pensamento formal do arquitecto é um dos aspectos que se destaca no momento de conceber um equipamento industrial. O arquitecto raciocina através de formas e este processo tridimensional permite economias consideráveis na busca de soluções inovadoras numa linha de produção. Do mesmo modo, a criação de ambientes seguros, saudáveis, ergonómicos e confortáveis para colaboradores, funcionários e operadores fabris permitem ganhos consideráveis na produtividade.

A criação ou reestruturação de uma indústria obedece a critérios de máxima racionalidade. É fundamental ter consciência da necessidade de rigor de processos de desenho de modo a atingir a máxima eficiência, produtividade e flexibilidade. Como tal todos os custos de investimento devem ser reduzidos ao mínimo e consistir em investimento reprodutivo. Este raciocínio deverá sem dúvida estender-se do processo de fabrico até às instalações em tudo o que isso implica. Destaca-se a escolha de materiais e formas que permitem a mínima manutenção e o mais alto desempenho no fabrico ou manipulação dos produtos.

Os engenheiros são fundamentais na exacta medida em que desenvolvem trabalho especializado para diversos cálculos no projecto de uma instalação industrial. Nesse sentido, dependendo obviamente do projecto em específico, é preciso nomear sempre uma equipa de técnicos com as capacidades requeridas para desenvolver todas as especialidades necessárias ao funcionamento de uma fábrica. Os projectos de especialidade definidos pela lei são obviamente necessários, podendo ser adicionados outros em função do tipo de indústria a instalar. Cada engenheiro pode então dimensionar as medidas, formas e materiais a empregar de modo a que cada especialidade tenha a maior eficiência e desempenho.

Podemos identificar alguns sectores industriais com necessidades mais específicas. Ao mesmo tempo cada uma destas possui enorme diversidade interna e algumas áreas particulares.

Industria Alimentar

É provavelmente uma das indústrias mais reguladas quer nas instalações, quer no processo de fabrico, quer na matéria-prima e produtos transformados. Escolher soluções que permitam à máxima segurança alimentar, mantendo com rigor as condições de higiene e temperatura e humidade é um aspecto fundamental. Cada produto possui também legislação específica a cumprir e como tal o conhecimento deste factor é também essencial.

Indústria Agro-industrial

O sector agro-industrial é também pautado por uma enorme diversidade interna mas possui todavia alguns aspectos particulares a ter em conta. Em primeiro lugar destaca-se a relação com a produção agrícola que então poderá ou não ser integrada na mesma empresa. Ao mesmo tempo é na generalidade profundamente relacionado com o âmbito alimentar, e como tal muita regulamentação incide sobre o fabrico, instalações e as características dos produtos. No fundo é uma evolução da actividade agrícola assumindo-se como um processo de adicionar valor, escala e qualidade à matéria-prima proveniente da agricultura.

Industria Farmacêutica

A actividade farmacêutica é também altamente regulada pelo INFARMED, quer nos processos, nos produtos ou através de simples inspecções periódicas. Pese embora se trate de um sector altamente relacionado com a saúde e a investigação, é fundamental não esquecer que se trata de uma indústria e como tal tem de compatibilizar todos estes requisitos legais com a implementação de processos produtivos eficientes e que têm como objectivo a sustentabilidade económica e o lucro dos investidores. Nesse sentido elevadas competências são necessárias nos arquitectos e engenheiros que elaboram os projectos.

Indústria do Calçado

A indústria do calçado evoluiu enormemente e hoje podemos dizer que apostou em marcas e em adicionar valor aos seus produtos. Ora, este contexto reflecte-se também nas instalações. A mão-de-obra deixa de ser apenas importante pela quantidade mas também pela qualidade. Como tal condições de produtividade têm de ser dadas aos funcionários e ao desenrolar do processo de produção e transformação do produto. Possuímos hoje instalações bastante mais sofisticadas, optimizadas e devidamente equipadas com maquinaria que permite atingir patamares superiores de quantidade e qualidade.

Indústria Têxtil

A indústria têxtil sofreu também um processo evolutivo considerável. A concorrência internacional pelo preço mais baixo levou a que só as unidades fabris altamente especializadas e diferenciadas ou sustentadas por marcas importantes se tornassem economicamente viáveis. Como tal o conhecimento dos processos de fabrico e das tecnologias empregues de modo a aumentar a produtividade e a diferenciação do produto são os aspectos essenciais a ter em conta.

Indústria Metalomecânica

A indústria ligada à maquinaria e transformação de metais é hoje extremamente importante em Portugal e em particular no sector exportador. A aplicação da tecnologia, a mão-de-obra especializada, as instalações bem dimensionadas e localizadas correctamente são aspectos fundamentais para o sucesso nesta actividade. Está também profundamente relacionada com todas as outras na medida em que produz componentes de elevado valor para todo o sector industrial.

Indústria Cerâmica

A cerâmica evoluiu enormemente nos últimos anos e muita dessa evolução foi também relacionada com o custo da energia. Se é certo que a existência de marcas próprias adiciona enorme valor ao produto, é também fundamental não esquecer que a componente energética é sem dúvida chave para a sustentabilidade do investimento. Como tal todas as medidas que permitam o máximo aproveitamento da energia empregue, mantendo também estável a produção é de enorme importância.

Indústria Automóvel

A indústria automóvel é também um sector que engloba enorme diversidade de fornecedores com necessidades distintas. Contudo em todos estes a mão-de-obra é cada vez mais especializada, o processo de fabrico implica uma componente tecnológica enorme, o planeamento é feito a longo prazo e os investimentos iniciais são sempre bastante avultados. Assim podemos com segurança dizer que qualidade e flexibilidade das instalações é assim fundamental para a indústria de componentes automóveis.

Indústria de moldes

O processo de produção de um molde tem também evoluído, contudo, o aspecto tecnológico foi sempre importante e assume cada vez mais preponderância. Trata-se assim de uma indústria de mão-de-obra altamente especializada e que tem como principais clientes outros sectores industriais diversos e espalhados pelo globo. A flexibilidade em incorporar inovações é fundamental, assim como a localização, acessibilidade, economia e qualidade das instalações.

Indústria das madeiras

A indústria das madeiras em Portugal é muito condicionada pela exploração florestal existente no país. A transformação da madeira requer cada vez mais tecnologia e mão-de-obra cada dia mais especializada. É um sector diverso na medida em que abrange grandes ou pequenas e médias empresas. Incorpora também subsectores que vão da indústria da pasta de papel até componentes da construção civil. A área das instalações para armazenagem é geralmente fundamental tal como a maquinaria adquirida. O processo de transformação tem também de ser extremamente bem planeado para incremento da produtividade.

Indústria do mobiliário

A indústria dos móveis evoluiu consideravelmente nos últimos anos havendo já resultados importantes resultantes do investimento em design e feiras internacionais. A mão-de-obra especializada de qualidade é fundamental no sector. As instalações fabris de móveis requerem assim enorme rigor de planeamento para garantir baixos custos de investimento e manutenção. Do mesmo modo é fundamental a flexibilidade para reagir com competitividade a distintos clientes e diferentes tipos de encomendas.

A actividade industrial é um processo altamente regulado e disponível para licenciamento apenas em determinadas zonas conforme o plano director municipal e de acordo com a edificabilidade prevista no seu próprio regulamento. Como tal a escolha criteriosa do local para implantar uma indústria é fulcral. É importante ainda referir que a existência de um alvará de utilização industrial para um determinado lote de terreno ou edificação não isenta o investidor do processo de licenciamento industrial conforme previsto pela legislação, no fundo, só se atesta da compatibilidade do uso que se venha a desenvolver naquele espaço. É importante ainda referir que pautamos o nosso trabalho na indústria pela busca constante de espaços que potenciem a produtividade, e a segurança no escrupuloso cumprimento de todas as boas práticas ambientais e de higiene e saúde no trabalho.

Orgulha-nos o facto de já termos desenhado o Projecto.

1998 – Remodelação das instalações da REKENA – para a C&P na Av. Óscar Monteiro Torres – Lisboa.

2009 - Projecto de ampliação das instalações industriais da Sarreliber – Parque empresarial de Tabaço – Arcos de Valdevez. (Construído).

Lar de Idosos

Para o arquitecto de um lar de idosos bem organizado o trabalho acabou por ser altamente condicionado por aspectos legais, pela disponibilidade orçamental do promotor e pelas contingências do lugar onde se implanta. Uma residência sénior é sempre um programa com custos altamente elevados quer ao nível dos equipamentos, quer pelas implicações de baixa ocupação para um correspondente valor elevado em área de construção. Como tal toda a optimização é essencial. No que à funcionalidade diz respeito, convém salientar que o quarto, a casa de banho e a circulação apresenta elevadas dimensões para circulação condicionada. É importante sublinhar a importância de espaços como os de estar e comer, tratamento médico dos idosos, de lavandaria, de cozinha, actividades dos idosos, vestiários e sala do pessoal, gabinete de atendimento, recepção e elevador quando necessário. Para além da câmara municipal, os pareceres prévios da segurança social são sempre vinculativos assim como da delegação de saúde competente.

Para desenvolver um lar de idosos de raiz é importante antes de mais estudar o mercado que vai contratar os serviços que pretende fornecer. Identificado o público-alvo, as respectivas características do mesmo quanto a rendimentos, habilitações literárias, hábitos culturais, idade, condição de saúde e outros, é altura de contactar os serviços da segurança social territorialmente competente. Poderá assim perceber se a sua análise do mercado coincide com as carências públicas detectadas.

Em seguida, deverá analisar os terrenos ou imóveis disponíveis para implantação do lar e contactar um arquitecto para verificar a real edificabilidade ou legalidade da operação. Do mesmo modo este profissional poderá também antecipar-lhe já alguns dos custos de construção e dos prazos necessários para conclusão do investimento. No nosso atelier fornecemos adicionalmente informação relativa a temas como os fundos comunitários e os custos de gestão de um equipamento desta natureza. Estas informações são absolutamente essenciais para que possa fazer um plano de negócios bem elaborado, realista e detalhado.

Tenha em atenção que os primeiros tempos serão de rentabilidade mais reduzida até ao momento em que atinja uma taxa de ocupação suficiente para obter resultados positivos. Uma boa campanha de divulgação junto dos mercados alvo pode anular este problema e fazer com que esta questão nem sequer se coloque.

Escolher um arquitecto para um lar de idosos é uma tarefa de extrema importância na exacta medida em que condiciona enormemente o sucesso do investimento. Se é certo que o mercado alvo é analisado pelo investidor, é também evidente que grande parte das respostas a esse mercado são do foro técnico e do conhecimento de um profissional com experiência em programas geriátricos.

Deste modo, o arquitecto pode garantir que os espaços do lar estão de acordo com as necessidades funcionais e culturais dos futuros utentes do mesmo. Isto é, não é a mesma coisa decorar um espaço para um segmento alto ou médio baixo. As escolhas deverão também ter em conta o investimento inicial disponível e os custos de manutenção. O arquitecto é o profissional indicado para o apoiar nessas decisões.

É conveniente referir que um lar de idosos é um programa altamente condicionado do ponto de vista legal. Existe uma enorme diversidade de legislação que incide sobre este investimento. Conhecê-la é fundamental. Condiciona o investimento e interfere de enorme maneira na sua gestão. O cumprimento da mesma é verificado regularmente por entidades públicas e o seu incumprimento é razão suficiente para suspender a actividade. Informe-se previamente junto do nosso gabinete de arquitectura sobre todas as questões que o preocupam.

Embora o mercado seja altamente regulado do ponto de vista legal, verificamos que neste momento existem algumas tendências no que diz respeito ao tipo de serviço prestado e aos mercados que o acedem preferencialmente.

Residência Sénior

Mesmo sendo licenciado exactamente como um lar, alguns equipamentos procuram assumir um carácter mais próximo do que poderia ser uma residência. Privilegia-se a dimensão mais pequena no equipamento, com menor número de camas e um atendimento mais personalizado. Algumas equipas podem manter o serviço.

Equipamento Geriátrico

É no fundo o protótipo daquilo que a legislação pretende. Trata-se de um lar altamente equipado com todos os requisitos que a lei prevê e com enormes optimizações de custo. A componente médica é fundamental e é orientado sobretudo para um segmento baixo e médio.

Hotel Sénior

Trata-se de um lar de idosos localizado em ambiente turístico e destinado a um público que frequenta estes equipamentos. É todavia um investimento destinado a um segmento alto.

Residências assistidas

Trata-se de apartamentos que associados a um lar de idosos disponibilizam todos os cuidados necessários à vida do idoso sem que este tenha de necessariamente conviver com quem não pretende. É um serviço para quem pretende total independência e pertence a um segmento elevado.

Lar com serviço ao domicílio

É uma tendência do mercado clara. Uma enorme quantidade da população gosta de envelhecer em dignidade na sua própria casa, seja por razões culturais ou económicas. Os lares têm de estar preparados para esta evolução e disponibilizar meios humanos e materiais qualificados para dar apoio a idosos. Necessitam de viaturas e espaço para a logística envolvida, mas é sem dúvida um investimento de futuro.

Um lar de idosos deverá possuir impreterivelmente um conjunto mínimo de espaços necessários de acordo com a legislação em vigor. Essas funções ou valências são:

  • Átrio ou Recepção – Espaço de vestíbulo para receber visitantes ou utentes.
  • Sanitários – Casas de banho divididas por género e incluindo acesso a pessoas de mobilidade reduzida ou condicionada através de espaço autónomo ou integrado em cada género.
  • Sala de convívio – Zona de relaxamento e estar destinada à sociabilização entre utentes ou com visitantes. A sua dimensão deverá ser proporcional à capacidade de alojamento.
  • Sala de refeições – Espaço destinado às refeições comuns dos utentes. A área deverá estar de acordo com o número de idosos alojados. Deverá preferencialmente incluir uma copa de limpos e de sujos.
  • Cozinha e copa – Deverá estar devidamente ligada a uma entrada de serviço, depósito de lixos, arrumos de comida seca e frios e finalmente a arrumos de limpeza.
  • Quartos dos idosos – A lei prevê um número máximo de quartos por ala e um máximo de idosos por quarto. Os quartos poderão ser individuais, duplos ou superiores. Todos deverão possuir um sanitário privativo com as dimensões mínimas para pessoas de mobilidade condicionada.
  • Sala de banho assistido – Dependendo do número de idosos e da área do piso poderá ser necessário incorporar uma casa de banho autónoma para pequeno cuidados médicos e para providenciar banhos a idosos.
  • Administração e gabinete de atendimento – Deverá ser prevista uma zona administrativa com possibilidade de atendimento público de modo a permitir reuniões com familiares, fornecedores ou técnicos de acção social ou jurídica.
  • Zona técnica do pessoal – Deverá possuir uma entrada de serviço autónoma (preferencialmente poderá dar também acesso à cozinha) e incluir WC do pessoal e vestiários (com cacifos e duche) e respectiva sala do pessoal para descanso dos funcionários.
  • Arrumos gerais e da limpeza – Trata-se da zona prevista para armazenar mobiliário e produtos e utensílios de limpeza.

Muitos lares acabam por incorporar um serviço altamente ajustado aos dias actuais e que se denomina centro de dia. Trata-se no fundo de um espaço ou serviço em que se praticam todas as actividades previstas e ajustadas a idosos com a excepção da dormida.

Os idosos poderão conviver, aprender novas competências, sociabilizar e desenvolver actividades físicas e rastreios médicos. Mantêm todavia o seu quarto na sua residência e deslocam-se autonomamente ou com auxílio para casa. Este modelo apresenta custos mais baixos e acaba por representar melhores resultados fruto do envelhecimento activo que proporciona.

As residências para idosos são programas altamente exigentes do ponto de vista legal e complexo do ponto de vista funcional. Exigem do arquitecto um pleno conhecimento da legislação e do funcionamento de um lar de idosos. Neste aspecto é essencial para além do conhecimento dos espaços necessários, o domínio da legislação de mobilidade que acaba por condicionar não só a capacidade instalada como todos os aspectos relacionados com a circulação dos idosos no interior e exterior de uma residência sénior.

RESTAURAÇÃO e BEBIDAS

Os programas de restauração e bebidas embora muito comuns deverão ser desenvolvidos de modo cuidado tendo em conta o contexto competitivo onde se opera e como tal os aspectos de diferenciação estética, rigoroso desempenho funcional, controlo de custos de investimento e manutenção, rigoroso cumprimento da legislação relativa à produção armazenamento e distribuição de produtos alimentares devidamente regulada pela ASAE e todo o contexto da legislação de trabalho. Nesse sentido, o projecto de arquitectura torna-se um elemento fulcral para o sucesso do investimento.

O papel do arquitecto é dividido em vários componentes. Em primeiro lugar é um técnico que o informa sobre os custos de construção ou reabilitação de um espaço interior ou edifício. Em segundo lugar, conhece as leis do trabalho, a legislação alimentar, o regime de protecção contra incêndio e o enquadramento legal urbanístico. Em terceiro lugar, o arquitecto tem um vasto conhecimento das tendências estéticas valorizadas pelos seus clientes, e como tal, consegue planear ambientes únicos e acolhedores que conseguem diferenciar um estabelecimento.

O sector da restauração e bebidas possui em Portugal um enorme número de operadores maioritariamente compostas por empresas de micro e pequena dimensão. A competitividade é portanto extremamente forte e temos assistido a uma evolução bastante positiva do sector no que diz respeito à qualidade e profissionalismo do serviço bem como ao nível das estruturas e dos imóveis onde desenvolvem a actividade. No fundo isto só valoriza o trabalho dos arquitectos que se pretende cada vez mais exigente ao nível da qualidade, da funcionalidade e da contenção de custos. A diferenciação é também fulcral na hora de investir num espaço.

Fazer crescer um estabelecimento ligado à restauração e bebidas é uma tarefa árdua mas aliciante. Requer todavia muita estratégia, conhecimento do negócio, e muita preserverança. È conveniente salientar que a localização é a chave para o sucesso. Não apenas porque é a melhor forma de se dar a conhecer através da escolha de uma boa implantação, como é também essencial ser acessível aos clientes. Depois há que fornecer serviços diferenciados e de valor acrescentado a preço competitivo.

São vários os tipos de investimento que se podem efectuar no sector. Assistimos inclusivamente nos últimos tempos a várias combinações que agregam estas funções ou que incluem inclusivamente programas de outra natureza. O limite é a imaginação. Um bom investidor gosta de surpreender e por vezes surgem programas associados que chamam mais clientes e diversificam o mercado alvo. Conheça em baixo os tipos de estabelecimento mais comuns.

  • Restaurante – É um espaço preferencialmente vocacionado para as refeições como o almoço e o jantar. Alguns restaurantes funcionam também em horário alargado tendo em conta o púbico que pretendem satisfazer. A inclusão de outras funções como actividades musicais atrai públicos distintos (exemplo: casas de fado, restaurante com música ao vivo,etc…)
  • Restaurante take-away – É um espaço onde o cliente compra a comida e a vai consumi-la num outro local. Aproxima-se ao um espaço de retalho se não existir qualquer consumo local.
  • Bar – É um espaço preferencialmente orientado para o consumo de bebidas e pequenos pratos sem complexidade de confecção. Poderá ser orientado para pequenos-almoços, merendas ou lanches e inclusivamente para espaço de diversão nocturna. A complementaridade com a música é frequente. Contudo, existem exemplos interessantes de bares com lojas de roupa, calçado e outros conceitos irreverentes.
  • Café – É um espaço organizado em volta do consumo de pequenas refeições como pequenos-almoços, lanches, tapas e poderá servir alguns pratos quentes simples. A decoração, a política de preços e os menus definem a clientela. Algumas combinações com outros programas podem ser também idealizadas.
  • Espaço para eventos – É um espaço preparado para receber um número considerável de convidados privados em acontecimentos formais e informais. Inclui espaço de música e dança, convívio e lazer e restauração. A confecção dos alimentos pode ser interna ou subcontratada. Posiciona-se muitas vezes em quintas ou edifícios urbanos de elevado valor arquitectónico.
  • Discoteca – É um espaço de diversão nocturna de horário alargado. É desenhado para o consumo de bebidas e para a apresentação de espectáculos musicais ou artísticos variados. Deve incluir um bom sistema de combate a incêndios e primar por uma decoração irreverente. A qualidade da insonorização para o exterior deve também ser perfeita para garantir a sustentabilidade do investimento.
  • Confeitaria – Como o próprio nome indica, é um estabelecimento para confecção de alimentos transformados como bolos, bolachas, biscoitos, doces e outros. Poderá ter como destino o consumo no local ou o embalamento para venda e consumo exterior. Neste último caso ganha algum paralelismo com um espaço comercial.
  • Casa de chá – É um espaço de luxo desenhado para o consumo e degustação de chás, bebidas quentes e bebidas frias. Poderá ter ou não confecção própria, mas os produtos apresentados deverão ser em qualquer dos casos excelentes. A qualidade do espaço e a localização devem ser extraordinárias.
  • Adega, espaço de degustação e provas de vinhos – Espaço onde se podem provar vinhos e pequenos petiscos que potenciem a experiência. Normalmente inclui-se uma zona de retalho para compra de vinhos, É um programa que se compatibiliza facilmente com actividades agrícolas, turismo, cultura e lazer. Estes programas divulgam o estabelecimento e atraem novos clientes.
  • Taberna – É pela sua natureza um espaço tradicional onde se podem consumir produtos regionais. Estes podem ser vinhos ou produtos típicos da região como pão, enchidos e queijos. A complementaridade com outras actividades é também uma forte possibilidade.

Para criar um restaurante é fundamental responder a diversos aspectos cruciais na viabilidade do investimento. Em primeiro lugar há que antecipar o tipo de clientes que se quer obter e uma eventual localização. Em segundo lugar é necessário pensar o conceito da ementa e qual o cozinheiro chefe. Em terceiro lugar, é conveniente definir as valências e a capacidade a colocar no espaço. Em quarto lugar é fundamental analisar a estratégia de preço e os custos de operação. Em quinto lugar é essencial contratar o arquitecto e definir com este a estratégia a adoptar na construção ou decoração. Tenha em atenção que um bom trabalho em cada uma das fases é um forte impulso à viabilidade do investimento.

Orgulha-nos o facto de já termos desenhado o Projecto.

2001 - Projecto de Restaurante panorâmico na Zona Expo – Sacavém.

SAÚDE

Os programas destinados à saúde são projectos sempre sujeitos, entre outros, aos pareceres da delegação de saúde competente. Contudo pareceres de entidades como o Infarmed ou o Ministério da Saúde e a respectiva direcção regional de saúde poderão ser necessários conforme o uso específico e dimensão pretendida. Nesta categoria encontram-se os Hospitais, clínicas, hospitais veterinários, clínicas veterinárias, unidades de cuidados continuados, clínicas dentárias, farmácias, centros de terapia, centros de análise, entre outros. Os programas de saúde implicam um rigoroso cumprimento da legislação existente e a adopção de soluções que promovam a higiene, a funcionalidade mas que representem também um baixo custo de investimento e uma baixa necessidade de manutenção. Os programas de saúde implicam sempre um elevado condicionamento técnico dada a especificidade de algumas actividades e elevados investimentos em equipamentos. Desta forma o papel do engenheiro e do arquitecto assume especial relevo de modo a compatibilizar necessidades diversas mantendo sempre o objectivo de criar um espaço cómodo e propício ao desenvolvimento pleno das actividades dos profissionais de saúde bem como fornecer aos utentes zonas de conforto num momento de maior sensibilidade e exigência.

Um arquitecto é um técnico fundamental para a criação e bom funcionamento de um espaço de saúde. Boas instalações implicam um funcionamento perfeito ao nível dos percursos, espaço para manobra de macas, instalações com as infra-estruturas necessárias, eficiência energética e térmica, elegância e fácil higiene. Um bom projecto implementa todas estas características de raiz. Mas um arquitecto permite também organizar edifícios de modo flexível, isto é, instalações que podem ser adaptadas e transformadas no futuro. O controlo de custos num investimento que incorpora tanto investimento inicial é também uma competência deste projectista.

Há por fim um detalhe que é importante salientar e que resulta do elevado número de infra-estruturas e equipamentos a posicionar num espaço de tratamentos de saúde. Na realidade, todos esses aspectos são especialidades desenvolvidas por técnicos e engenheiros que se centram no funcionamento específico do tema que têm em mãos. Contudo, só a equipa de arquitectos efectua a coordenação de todos estes trabalhos e a esta cabe resolver os problemas de compatibilização que se geram normalmente. Investir em bons arquitectos é garantir que não existem despesas adicionais durante a obra ou futuramente.

Os serviços de saúde exigem instalações com um elevado grau de exigência no desenho, na construção e na gestão e manutenção. É importante também ter em conta as elevadas despesas de funcionamento relacionadas com as despesas de pessoal, custos energéticos, instalação e manutenção de equipamentos médicos, e despesas várias com outros fornecedores da área da saúde. Como tal, um equipamento de saúde requer a máxima eficiência para que os custos se mantenham sob total controlo. Planear o investimento e elaborar um bom programa de necessidades ao arquitecto é assim uma tarefa fundamental. Paralelamente, efectue acordos com as seguradoras, os subsistemas de saúde e as grandes empresas. Conseguirá assim um bom plano de negócios e uma previsibilidade e sustentabilidade do investimento.

Hospitais – Trata-se do espaço de saúde mais completo possível. Possui a maior diversidade de valências e especialidades médicas e procura obter uma enorme área de influência em território e população. Possui capacidade de diagnóstico e tratamento.

Hospitais veterinários – Um hospital veterinário é no fundo um espaço de tratamento para animais com todas as especialidades e meios de diagnóstico. Procura também servir um elevado número de população animal quer em diagnóstico, quer em tratamento.

Unidades de Cuidados Continuados – Equipamentos que prestam apoio social e cuidados médicos de saúde a pessoas em situação de dependência e baixa autonomia.

As Unidades de Cuidados Continuados Integrados podem ser criadas por entidades públicas ou privadas associadas a um estabelecimento de saúde existente ou autonomamente. A elevada carência actual torna-a num investimento muito necessário perante uma sociedade envelhecida. O seu projecto de licenciamento é exigente e rigoroso pelo que é fundamental possuir uma equipa de engenharia e arquitectura.

Unidades de Cuidados Paliativos – Uma unidade de cuidados paliativos (UCP) prestem cuidados a doentes internados podendo situar-se num hospital de agudos, não-agudos, numa enfermaria ou ser completamente autónoma de uma estrutura hospitalar destinando-se a doentes que padecem de doenças incuráveis e terminais.

Clínicas médicas – Uma clínica médica é por definição um espaço de consulta médica com uma ou várias especialidades e que possui já alguns meios de diagnóstico e tratamento.

Clínica veterinária – Uma clínica veterinária é um espaço de saúde animal com uma ou várias especialidades onde se pode realizar diagnósticos e tratamentos para a generalidade dos problemas de saúde animal.

Uma clínica médica ou veterinária é um estabelecimento de saúde que inclui já uma elevada complexidade de funcionamento e alguma economia de escala. Tenha em atenção que a sua abertura obedece sempre a um leitura das necessidades das populações e da disponibilidade de pessoal médico com elevado valor acrescentado que sustente e promova o funcionamento do estabelecimento. O recrutamento dos médicos e as parcerias desenvolvidas com as entidades capazes de atrair utentes são essenciais. Um rigoroso plano de negócios é uma mais-valia importante que coloca também em evidência as diversas economias de escala que se poderão obter. Isto é, quanto mais médicos e especialidades, maior a quantidade de doentes e de receitas em comparação com o mesmo esforço logístico e comercial. Fale com um arquitecto nosso e obtenha um projecto rigoroso, mas que gera também um ambiente acolhedor e familiar onde os profissionais possam trabalhar eficientemente e os utentes se sintam confortáveis.

Fazer nascer um espaço para cuidados veterinários é um processo exigente e complexo mas pode obter uma elevada rentabilidade. Faça um bom estudo de mercado. Conheça bem as necessidades existentes no raio de influência do espaço veterinário. Determine então as valências de acordo com os animais a tratar e a dimensão do estabelecimento. Um hospital veterinário incluirá já imensas valências e meios de diagnóstico no próprio edifício. Noutros casos uma clínica veterinária poderá ser suficiente. Em todo caso, escolha edifícios flexíveis para o caso de se tratar de uma reabilitação e locais de excelente acessibilidade. Tenha em conta que o edifício deve ser altamente funcional, e de baixo custo de construção e manutenção. Consulte o arquitecto Fernando Lapa e informe-se sobre estas e outras questões.

Clínica dentária – Uma clínica médica dentária é um espaço onde se realiza o diagnóstico e tratamento dos problemas relacionados com os dentes e a saúde oral. Possui todos os meios auxiliares de diagnóstico e tratamento.

Farmácias – Uma farmácia é por definição o espaço onde se vendem medicamentos sujeitos a receita médica ou não. É também um espaço onde se poderão providenciar alguns cuidados ou informações ao doente no âmbito do acto farmacêutico. Alguns medicamentos poderão ser fabricados no laboratório interno da farmácia.

Uma farmácia é um estabelecimento cuja actividade é regulada e regulamentada. Estude as carências da população e identifique o local mais conveniente para a sua instalação em termos de acessibilidade (estacionamento e proximidade das populações). A sua localização é o primeiro facto a ter em conta. Deverá ser previamente autorizada em função das necessidades e da proximidade de outras farmácias. Depois de aprovada a morada, é importante analisar com o arquitecto o programa de necessidades. Apesar de utilizado pouco frequentemente, é necessário um laboratório, instalações sanitárias para pessoas de mobilidade condicionada, pequena sala de enfermagem, quarto para pernoitar, zona de armazenamento e zona de atendimento ao público. Hoje em dia alguma fonte de receita provém de programas complementares como massagens, perfumaria, comércio de produtos de beleza e bem-estar entre outros. Inove assim nos produtos e nos serviços. Tenha em atenção que muitas praticam horários alargados para conveniência das populações.

Centros de saúde – É o espaço onde se efectuam por definição a medicina geral, os cuidados de saúde primários, os rastreios e toda a medicina preventiva. É talvez o aspecto mais importante para um funcionamento equilibrado do sistema de saúde.

Um centro de saúde deve ser pensado pelas autoridades como um espaço de baixo custo de investimento e manutenção de modo a locar os recursos financeiros para o aspecto mais importante do sistema: o serviço ao utente. Deve ser também bem organizado ao nível de percursos e permitir que os profissionais trabalhem de modo eficaz e cómodo. Deve também ser garantido à população um acesso cómodo ao serviço e qualidade na espera pelos cuidados.

Consultório médico – É o espaço onde se realiza o ancestral acto médico. É por definição um local onde o médico contacta com o doente e efectua o diagnóstico, comunica com o doente e descreve a terapêutica.

Orgulha-nos o facto de já termos desenhado o Projecto.

2009 - Hospital da Clínica Endiama Sagrada Esperança – Luanda – Angola na Ilha de Luanda em Luanda Sul. Em parceria com o Gabinete RSO – Braga. (Construído).

TURISMO

O sector do turismo tem de facto possuído resultados positivos para a economia nacional muito por resultado do investimento dos privados, do contexto riquíssimo ao nível geográfico, da enorme diversidade cultural, da diversidade social e da vontade do estado em regular o sector de acordo com elevados padrões presentes nas directivas comunitárias e devidamente apoiados por fundos comunitários. Contudo, o sector do turismo possui uma enorme diversidade e características bastante distintas quer nos locais de investimento, quer nos tipos e dimensão dos mesmos. Verificamos que o desempenho positivo se deve não só a pequenos investimentos como os do alojamento local, guest houses e pequenas casas de campo, como a edifícios de média dimensão como as pousadas, aldeamentos turísticos e hotéis de média dimensão, como os investimentos de maior dimensão como os resorts turísticos, hotéis de luxo, campos de golfe e parques. Para nós arquitectos é extremamente motivador participar deste verdadeiro crescimento económico sem paralelo na nossa economia.

Os empreendimentos turísticos são equipamentos altamente regulados e com categorias específicas. Deste modo existe um enquadramento legal que regulamenta cada actividade e delimita e classifica cada investimento.

Se existe equipamento onde o arquitecto é fundamental é precisamente o equipamento de turismo. A qualidade dos serviços associados é a razão que diferencia a empresa. Ora, o projecto que mais valor pode acrescentar ao negócio é precisamente o projecto de arquitectura na medida em que permite uma gestão rigorosa futura e um ambiente acolhedor, confortável para o cliente e turista.

Não nos cansamos de alertar os nossos clientes e investidores para a importância dos serviços e actividades enquanto fonte de receita. O alojamento é apenas uma parte da actividade turística.

O consumidor procura todos os dias produtos que lhe proporcionem emoções e experiências novas. A inovação foi, é, e será sempre um factor diferenciador. O investimento em produtos alternativos adicionará valor ao seu negócio.

O sector do Turismo é sem dúvida um dos programas em que o impacto positivo na economia mais se tem feito sentir. Este resultado não é senão fruto do potencial do território e da riqueza cultural e social presente em Portugal. Ao mesmo tempo consideramos justo referir que o investimento do estado em regular o sector em concordância com aquilo que são as directivas comunitárias tem também resultado numa maior exigência na qualidade dos investimentos realizados em cada hotel e num crescimento assinalável do Turismo. Para nós arquitectos participar no desenvolvimento de hotéis cada vez melhor equipados, mais competitivos e de melhor desempenho e avaliação internacional é não só um orgulho como um desafio lançado para o futuro.

Hotéis – Os estabelecimentos hoteleiros são provavelmente a forma de alojamento mais conhecida. Um hotel pode ser orientado para diversos segmentos económicos ou diferentes hábitos culturais. Os hotéis são edifícios destinados a alojamento de turistas e com um conjunto de serviços associados obrigatórios. É classificado segundo o número de estrelas até um máximo de cinco que correspondem à qualidade e quantidade de serviços prestados e dimensões dos espaços.

Alojamento Local – Os espaços que proporcionam alojamento e são regulados e fiscalizados pelas câmaras municipais no âmbito da atribuição de uma licença de utilização para uma construção nova. Aqui incluem-se todas as antigas hospedarias, pensões, albergarias e estalagens. No caso de construções existentes com uso habitacional, a inscrição nas finanças e portal do cidadão poderão ser suficientes desde que cumprida a legislação de segurança.

Hostel – Espaço de alojamento orientado para um turismo de baixo custo ou “low cost”, preferencialmente em camarata e direccionado para jovens.

Um Hostel não necessita de parecer do Turismo de Portugal e é também uma competência exclusiva das câmaras municipais. Insere-se na categoria de alojamento local e não poderá usar qualquer dístico de turismo. Existem também restrições ao número de quartos duplos ou singulares. Aqui privilegia-se o alojamento em camarata. Embora se trata de um segmento médio baixo ou “low cost” a concorrência tem proporcionado actualmente uma oferta com uma qualidade superior. Como tal é aconselhável para o investidor neste tipo de alojamento local apostar desde o início numa boa organização, num bom serviço e num design de qualidade.

Pousada da Juventude – Equipamento que obedece a regras comunitárias e que nalguns casos poderá ser privado ou concessionado. Possui preferencialmente um serviço de alojamento em camarata a preços controlados e mais orientado para jovens. Na realidade, embora não se trate de um alojamento local, acaba por possuir todas as características idênticas no que a serviços diz respeito.

Guest House – É também legalmente um alojamento local. O termo guest house procura posicionar o investimento num segmento médio ou médio alto, na medida em que poderá inclusivamente ser alugado na totalidade ou em parte das suas unidades de alojamento. O serviço e o imóvel deverá ser de qualidade um pouco superior quando comparado com um hostel.

Aldeamentos Turísticos – Os aldeamentos turísticos são conjuntos edificados que possuem uma coerência formal. Terão de ter necessariamente um número mínimo de 10 unidades de alojamento, vulgarmente conhecidos como quartos. Os edifícios poderão inclusivamente estar em ruas diferentes, mas a gestão e a relação entre estes é fundamental.

Um Aldeamento turístico organiza-se aquando da constituição de seis ou mais casas de campo. Estamos em presença de um conjunto de edificações com uma certa autonomia. É uma estratégia extremamente apropriada para a reabilitação de aldeias rurais despovoadas no interior do país. É importante acrescentar que as casas são autónomas, pese embora o facto de cada uma delas poder possuir mais que uma unidade de alojamento. É fundamental centralizar numa casa a recepção, alguns serviços e actividades várias de modo a prestar um bom serviço ao cliente.

Apartamentos Turísticos – Os Apartamentos turísticos são no fundo edifícios em que as unidades de alojamento são apartamentos. Isto é, o espaço alugado ao turista é uma fracção autónoma. Contudo, terão de ser salvaguardados os serviços de pequenos-almoços e restauração, limpeza, e outros conforme a classificação pretendida.

Resorts – Os conjuntos turísticos, também conhecidos como resorts, são formados por um conjunto de vários empreendimentos turísticos distintos. A relação entre estes deverá ser de clara e organizada permitindo satisfazer todas as necessidades do turista sem necessidade de se ausentar do resort.

Um resort é constituído quando um investimento possui vários equipamentos turísticos e estão inseridos num conjunto coerente que apresenta um produto turístico de elevada qualidade. É necessário um mínimo de 3 estabelecimentos turísticos diferentes e um deles deverá ser um hotel. As combinações mais comuns para os resorts incluem um estabelecimento hoteleiro, um equipamento desportivo como um campo de golf, um spa, alguns apartamentos turísticos e um restaurante de elevada qualidade. A diversidade de actividades a desenvolver no resort são fundamentais na medida em que se pretende prestar um serviço completo ao turista sem que este sinta a necessidade de sair do espaço.

Turismo de Habitação – Os empreendimentos de Turismo de habitação são Imóveis com especial relevo que podem ser usados para turismo. Não é obrigatório que se tratem de imóveis classificados, podendo o seu carácter único ou o facto de terem sido habitados por uma figura histórica ou notável constituir factor relevante para esta classificação.

Turismo no Espaço Rural – Os empreendimentos de turismo no espaço rural dizem respeito a todo o turismo desenvolvido em ambiente próximo da natureza e do mundo rural. Existem diversos tipos de equipamentos pensados para estes locais.

Casa de campo – Espaço de alojamento localizado em ambiente rural. Deverá conter unidades de alojamento e um conjunto de actividades que promovam o meio rural num espaço acolhedor e familiar.

Uma casa de campo é um processo bastante mais simples e não obriga a qualquer parecer do Turismo de Portugal. É uma competência exclusiva das câmaras municipais licenciar estes equipamentos. Contudo o promotor pode usar o dístico de turismo e está abrangido pelo necessário cumprimento de toda a legislação em vigor. É importante referir que uma casa de campo tem como objectivo uma estadia num ambiente rural, onde a natureza envolvente tem um papel determinante. A capacidade de alojamento está limitada a um número reduzido e há um claro objectivo de transmitir um ambiente familiar ao turista ou cliente.

Turismo de aldeia – Conjunto de várias casas de campo possuindo alguns serviços centralizados num pequeno equipamento. É necessário um número mínimo de cinco edificações.

Hotéis Rurais – São hotéis localizados em ambiente rural e orientados para um turismo amigo da natureza. Um hotel rural é também classificado segundo estrelas e promove uma relação do utilizador com o mundo rural e a natureza. O carácter ecológico do empreendimento e uma construção sustentável são mais valias importantes.

Agroturismo – São estabelecimentos turísticos que promovem o conhecimento do mundo rural e das actividades agrícolas de características excepcionais. O turista desfruta, acompanha ou participa dos trabalhos agrícolas e contacta com uma realidade técnica e cultural ímpar.

Parque de Campismo – Um parque de campismo e caravanismo é um empreendimento integrado na natureza. É equipado com as instalações e infra-estruturas necessárias para os campistas e caravanistas usufruírem do meio natural em perfeitas condições de conforto e salubridade.

Empreendimentos de turismo da natureza – Estes estabelecimentos turísticos são localizados em zonas de paisagem protegida ou natural e dizem respeito a edificações de características sustentáveis e de baixo impacto ambiental. A sustentabilidade da construção e a promoção de um contacto responsável entre o turista e o meio ambiente é fundamental.

O turismo é uma actividade que quando bem gerida pode ser altamente rentável. No momento actual acentua-se a tendência da diferenciação. Isto é importa conhecer bem o mercado que se pretende atingir e procurar fornecer uma oferta que adicione valor ao turista. Esse adicionar de mais-valias é obviamente mais fácil de fazer através de uma oferta única, algo que no fundo possibilite ao consumidor uma experiência extraordinária. Esse carácter único da oferta atinge-se através das particularidades de um local que são impossíveis de reproduzir noutro. Mas atinge-se também com uma inovação no serviço prestado, nos produtos escolhidos e na gestão.

Mas convém não esquecer que toda esse esforço não adiantará de nada de não existir uma estratégia comercial bem definida e persistente que faça chegar os argumentos aos mercados identificados anteriormente. E para isso existem diversos canais a utilizar e parcerias a estabelecer com os operadores mais relevantes dentro do segmento alvo.

É também importante acrescentar que muitos dos empreendimentos turísticos de maior sucesso acabam por introduzir sectores como a agricultura, o desporto, a cultura, os negócios, a saúde e outros de modo a atingir a diferenciação pretendida e algo muito importante no esforço comercial: a escala. Promover a marca de um vinho associada a um hotel e a um acontecimento com notoriedade é economizar nos recursos comerciais e permitir com menos dinheiro fazer chegar o produto a mais pessoas.

Fazer crescer um Hotel é uma experiência tão entusiasmante quanto exigente. Antes de mais é preciso desmistificar algo que ainda encontramos no senso comum: a ideia que um hotel assenta no negócio da dormida. Este é um conceito que não corresponde à realidade. Um hotel é uma experiência extremamente complexa que se inicia no momento em que o consumidor ouve ou vê referências ao mesmo. Passa pela forma como contrata os serviços do hotel, como é informado das suas dúvidas, como chega ao local, como entra no espaço privado do hotel e o modo como é recebido e encaminhado para os serviços contratados. Durante a prestação do serviço existe já todo um caminho percorrido e uma relação de confiança estabelecida. Os serviços correspondem a dormidas efectivamente, mas correspondem também a todo um leque de actividades bem mais importante e rentável. Por fim, é também fundamental a forma como o cliente efectua o pagamento, como ele reconhece valor ao serviço e como se induz a oportunidade de voltar.

Os hotéis rurais são no fundo um empreendimento turístico hoteleiro localizado em espaço rural e com um serviço que tira partido desse mesmo contexto. A legislação é extremamente exigente ao nível da qualidade destes equipamentos e nessa medida são preconizadas exactamente as mesmas valências de um simples hotel. É no fundo uma indicação para os promotores e consumidores de que o ambiente envolvente é distinto. Assim o arquitecto e o promotor deverão procurar por incorporar essas especificidades no conceito estético do mesmo, nos serviços fornecidos e na informação comercial aos clientes.

1993 – Coordenador do Projecto e Projecto na fase de Estudo Prévio – Estalagem de Aljezur.

1996 – Projecto de ampliação do empreendimento turístico Fontes Romanas – Vilamoura (Construído).

2001 - Projecto Acústico para as Piscinas Públicas da Golegã (Construído).

2009 - Projecto de Beneficiação e Decoração do Hotel de Aplicação e criação do Laboratório de Sabores da Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego (Construído).

2009 - Projecto de Beneficiação e Decoração do Hotel de Aplicação e criação do Laboratório de Sabores da Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego. Em parceria com o Gabinete RSO (Construído).

2014 - Elaboração de Projecto e acompanhamento de obra de Unidade turística Palmeira Imperial em RECIFE – Pernambuco – – BRASIL, (Construído).

2015 - Elaboração de Projecto de empreendimento Turístico no Srilanca 20.000m2.